quarta-feira, 6 de julho de 2011

Apreendido parte de arsenal da milícia de Cordovil no Rio de Janeiro


Milicianos presos em Cordovil tinham arsenal dentro de casa

Grupo tinha máquinas para recarregar munição e para aplicar choques elétricos


Por Marcelo Bastos


Rio, 05 de julho de 2011 - A prisão de dois suspeitos de integrar uma milícia que atua nos bairros de Cordovil, Vista Alegre e Penha, na zona norte do Rio, investigados por homicídios, deu uma dimensão do poderio bélico dos grupos paramilitares que atuam no Rio de Janeiro.

Nas casas de Wallace Carvalho Ferreira e Fábio Marques Nobre de Almeida, em Cordovil, agentes da Divisão de Homicídios apreenderam uma espingarda calibre 12, uma carabina calibre 22, com luneta; três pistolas, entre elas uma Glock calibre 45 e uma calibre 40, o mesmo usado pelas polícias civil e militar.

Com os suspeitos, havia ainda 20 carregadores para pistolas de diversos calibre e caixas com mais de 1.000 balas para revólveres, pistolas e escopeta. O que mais chamou a atenção da polícia, no entanto, foi a sofisticação do grupo, que também tinha duas máquinas para recarregar munição, estojos vazios para serem recarregados e grande quantidade de chumbo e pólvora.

A apreensão também revelou um lado aterrorizante da quadrilha, já que dois aparelhos usados para aplicar choques elétricos foram encontrados. A polícia acredita que os equipamentos fossem usados para torturar desafetos. Uma luneta para observação à distância e mais de R$ 1.000 em espécie também foram encontrados.

Para demonstrar poder e impor ainda mais o domínio sobre as áreas controladas pela milícia conhecida como “bonde 556”, os suspeitos se passavam por policiais civis. Foram apreendidas duas carteiras falsas da Polícia Civil, dos pares de algemas, uma camiseta da Polícia Civil e coletes à prova de balas.

A Divisão de Homicídios conseguiu mandados de prisão contra Wallace, um dos líderes do grupo, e um homem conhecido como Fabinho da Lan House, que está foragido, por homicídio duplamente qualificado, ocorrido há nove meses. Fábio nobre foi preso em flagrante durante cumprimento de cinco mandados de busca e apreensão.

O grupo é suspeito de envolvimento com pelo menos outros três homicídios. O crime que gerou a investigação aconteceu por causa de uma discussão, segundo o delegado Celso Gustavo Castello Ribeiro, responsável pelo caso.  Um computador foi apreendido e será analisado, já que as investigações continuam.

Wallace vai responder pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, porte de arma de fogo e uso de documento falso. Ele já tinha anotação criminal por lesão corporal e extorsão. Já Fábio Marques, que tinha passagens por roubo qualificado e uso de arma de fogo, foi indiciado pelos crimes de porte de arma e uso de documento falso.

Fonte R7

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