terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Dois vereadores são presos em operação contra milícia em Duque de Caxias








Dois vereadores são presos em operação contra milícia em Duque de Caxias





Polícia acredita que a dupla era chefe da quadrilha que atuava na região

Por Marcello Victor

Rio - A Polícia Civil realiza desde as primeiras horas desta terça-feira uma mega operação de combate à milícia atuante em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Dezesseis pessoas já foram presas -  entre elas dois vereadores do município e quatro policiais militares - na ação batizada de "Capa Preta".

Os vereadores Jonas Gonçalves da Silva - que é PM reformado e conhecido como "Jonas é Nóis" -, e Sebastião Ferreira da Silva, o "Chiquinho Grandão", foram presos em suas residências.

Na casa de Jonas, na Rua Dom Pedrito, 12, bairro Vila Sarapuí, os civis prenderam ainda Johnatan Luiz Gonçalves da Silva, o "Petão", filho do vereador e PM recém-formado. Outro filho de Jonas, o ex-PM Eder Fábio Gonçalves da Silva, o "Fabinho é Nóis", foi detido em sua residência, numa rua paralela à casa do pai.

O outro preso foi identificado como Daniel Seabra Ferreira, o Daniel do Lava-Jato. Com ele, os policiais apreenderam duas pistolas 9mm, quatro carregadores, dois aparelhos de rádio e um cinto da Polícia Militar.

Duzentos agentes participam da operação, que é organizada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (DRACO/IE) e conta com a participação de  várias especializadas. Policiais cumprem 34 mandados de prisão e 54 de busca e apreensão em 57 endereços, inclusive na Câmara Municipal de Duque de Caxias.

Chefes da milícia

A Polícia Civil acredita que Jonas e Sebastião seriam os chefes da milícia em Caxias, coordenando grupos de extermínio, centrais clandestinas de TV a cabo e controle do transporte de vans na região, entre outros crimes.

De acordo com o delegado Cláudio Ferraz, responsável pela operação, entre os procurados estão 13 policiais militares, cinco ex-PMs, um comissário da Polícia Civil, um fuzileiro naval e um sargento do Exército. A Polícia Civil chegou à quadrilha depois de seis meses de investigação.

Participam ainda da operação agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) e a  Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC) e da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF).

Fonte O Dia.

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